quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Caminho, por entre mortos caminhos
percorro o sombrio e o trevoso,
Solidão e ingratidão amigas de longa data,
marcam no peito a cada nova chaga,

Promiscuidade crueldade que neste mundo há,
acaba por dilacerar-me a cabeça e pender-me os pés,
dores, desconforto, perdição procura,
perdidos filhos da noite que caminham solitários,


incompreendidos num eterno inverno;
como se presos num aquário,
todos os veem mais ninguém os estende a mão,
acabas logo com isso cravando sua faca em meu mórbido coração,


Alegrias já não sinto mais, vontades que não sou capaz,
cruel e mortífera ceia, preparada está lá meu banquete,
com flores mortas sobre a mesa e comida estragada!
deliciam-se de capelete; Me vendo desaparecer e sumir,

Todos a sua volta só vão te ferir,
mata esta tua esperança enfia nela uma faca sem dó,
antes que em meio ao monte seja o teu coração,
largada a larvas corvos e ao pó,

se deixe se permita morrer em paz,
antes que a faca que lancada em sua direção,
e sem vestígios de dó rasga-te por inteiro
o frio e mórbido coração.

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